Na primeira entrevista após ter vencido as eleições, Donald Trump afirmou que os Estados Unidos podem sair da NATO se os aliados não pagarem mais. Entre os vários temas, sendo a imigração o de maior destaque, o presidente eleito advertiu ainda que a Ucrânia "provavelmente" devia esperar menos ajuda norte-americana.
“Se pagarem as contas, com certeza” mantém os EUA na NATO.
“Se pagarem as suas contas e nos tratarem de forma justa, a resposta é ‘absolutamente, ficarei na NATO’”, repetiu.
A entrevista foi gravada na sexta-feira antes de Trump viajar para Paris, para estar presente na reabertura da Catedral de Notre-Dame e onde reuniu com os presidentes de França e da Ucrânia – encontro trilateral que, segundo Zelensky, foi “bom e produtivo”.
Ao “Meet the Press”, Trump disse que está a esforçar-se ativamente para acabar com a guerra, “se puder”, mas advertiu que a Ucrânia deve “provavelmente” esperar receber menos ajuda militar dos EUA quando tomar posse.
“Sim, provavelmente”, respondeu o futuro presidente dos EUA à pergunta da NBC News sobre se a Ucrânia deveria preparar-se para uma redução na ajuda norte-americana.
Mudanças radicais
Na entrevista modera por Kristen Welker, Donald Trump prometeu um esforço maior na deportação em massa, impor novas taxas e perdoar muitos dos condenados no ataque ao Capitólio. O presidente eleito anunciou mudanças imediatas e abrangentes após assumir o cargo a 20 de janeiro, como tentar acabar com a cidadania por direito de nascença.
Durante a entrevista, voltou a insistir que as eleições de 2020, em que foi derrotado pelo democrata Joe Biden, foram roubadas e explicou que as eleições deste ano apenas não seguiram o mesmo rumo porque o resultado da sua vitória foi “demasiado expressivo”. Contudo, ao contrário do que tinha prometido durante a campanha eleitoral, não falou em vinganças contra os adversários que acusa de o terem prejudicado politicamente e pessoalmente no passado.
“Não quero voltar ao passado. A retribuição será através do sucesso”, disse Trump, esclarecendo que não vai nomear um procurador especial para investigar qualquer situação que envolva o presidente Joe Biden ou a sua família.
“Não quero voltar ao passado. A retribuição será através do sucesso”, disse Trump, esclarecendo que não vai nomear um procurador especial para investigar qualquer situação que envolva o presidente Joe Biden ou a sua família.
“As pessoas gostam de mim agora, sabia?”, disse Trump, acrescentando: “É diferente da primeira vez — sabe, quando ganhei pela primeira vez, eu não era nem de longe tão popular como agora. E uma coisa que é muito importante, em termos de eleição, eu adoro ter vencido o voto popular, e por muito”.
Quanto ao perdão para os manifestantes de 6 de janeiro, Trump garantiu que vai acontecer no primeiro dia, argumentando que muitos sofreram tratamento excessivamente severo na prisão.
“Estas pessoas estão a viver no inferno”, disse.
“Estas pessoas estão a viver no inferno”, disse.
Esta primeira entrevista de Trump à televisão pública após as eleições ocorreu na sexta-feira na Trump Tower, em Manhattan, onde falou durante mais de uma hora sobre os planos políticos que os norte-americanos podem esperar no próximo mandato.
O presidente eleito também prometeu expulsar todos os imigrantes em situação irregular, logo que tome posse.
“Penso que temos de o fazer. E é difícil. É uma coisa muito complicada de fazer”, explicou, quando questionado sobre se o plano era expulsar durante os quatro anos de mandato todas as pessoas com presença ilegal nos Estados Unidos. “Vai custar uma fortuna. Mas vou fazê-lo. Vamos começar com os criminosos”.
Prometeu ainda que não iria separar famílias, nos casos em que alguns imigrantes da mesma família estão legalmente e outros ilegalmente em território norte-americano, devolvendo todos ao seu país de origem.
“Eu não quero separar famílias. E a única maneira de o conseguir é mantê-los todos juntos e enviá-los todos de regresso”, disse Trump, durante a entrevista.
Donald Trump pretende, além disso, eliminar a cidadania por direito de nascimento – a proteção consagrada na 14ª Emenda, que garante a cidadania a qualquer pessoa nascida em território norte-americano.
Já no plano económico, disse que vai cumprir a promessa eleitoral de aumentar as tarifas de importação dos principais parceiros de comércio, e não assegurou que “as famílias americanas não vão pagar mais”, como consequência dessa medida.
“Não posso garantir nada. Não posso garantir o que vai acontecer no futuro”, reconheceu Trump.
“Penso que temos de o fazer. E é difícil. É uma coisa muito complicada de fazer”, explicou, quando questionado sobre se o plano era expulsar durante os quatro anos de mandato todas as pessoas com presença ilegal nos Estados Unidos. “Vai custar uma fortuna. Mas vou fazê-lo. Vamos começar com os criminosos”.
Prometeu ainda que não iria separar famílias, nos casos em que alguns imigrantes da mesma família estão legalmente e outros ilegalmente em território norte-americano, devolvendo todos ao seu país de origem.
“Eu não quero separar famílias. E a única maneira de o conseguir é mantê-los todos juntos e enviá-los todos de regresso”, disse Trump, durante a entrevista.
Donald Trump pretende, além disso, eliminar a cidadania por direito de nascimento – a proteção consagrada na 14ª Emenda, que garante a cidadania a qualquer pessoa nascida em território norte-americano.
Já no plano económico, disse que vai cumprir a promessa eleitoral de aumentar as tarifas de importação dos principais parceiros de comércio, e não assegurou que “as famílias americanas não vão pagar mais”, como consequência dessa medida.
“Não posso garantir nada. Não posso garantir o que vai acontecer no futuro”, reconheceu Trump.
Um dos planos é, segundo admitiu, aumentar o salário mínimo federal, mas frisou que terá de consultar os governadores estaduais, antes de tomar qualquer decisão.
Trump também prometeu que não irá impor restrições ao acesso a pílulas abortivas, deixando o tema do acesso à interrupção voluntária da gravidez a decisões dos legisladores de cada estado, quando falou sobre um dos temas mais divisivos da campanha eleitoral.
Trump também prometeu que não irá impor restrições ao acesso a pílulas abortivas, deixando o tema do acesso à interrupção voluntária da gravidez a decisões dos legisladores de cada estado, quando falou sobre um dos temas mais divisivos da campanha eleitoral.